Em 2020 uma nova modalidade de saque para o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) entrará em vigor: o saque-aniversário. O trabalhador poderá escolher aderir ou não a esse modelo de saque em outubro deste ano.
Todos os anos o trabalhador terá a possibilidade de sacar uma parte do FGTS no data do aniversário, a porcentagem irá depender do valor acumulado. Saldos menores terão acesso a um percentual disponível para saque menor; enquanto os menores poderão resgatar uma parte maior. As taxas variam entre 5% e 50%.
Entretanto, é preciso analisar a situação com cautela antes de optar por resgatar o FGTS anualmente. Veja abaixo exemplos de pessoas que não devem aderir ao saque-aniversário:
Os endividados
Usar o saldo do FGTS para quitar dívidas pode parecer uma boa ideia, mas não é recomendável em algumas situações. O consultor financeiro do Banco Mercantil, Carlos Eduado Costa, esclarece que quem possui dívidas altas com juros elevados só conseguiria pagar uma pequena parte, desfazendo-se do recurso extra sem conseguir quitar as dívidas integralmente. “É como usar um copo d’água para tentar apagar um incêndio. Nesse caso, é preciso buscar outra alternativa“, alerta o especialista
Caso haja uma renegociação cujo valor total possa ser quitado, usar o FGTS pode ser uma boa alternativa.
Pessoas sem estabilidade no trabalho
Quem decidir usar o saque-aniversário perderá o direito a resgatar o FGTS em casos de demissão sem justa causa, tendo acessa apenas à multa de 40%. Portanto, não utilize o recurso caso exista um risco palpável de perder o emprego.