25 anos da morte de Mussum: conheça a trajetória de um dos maiores humoristas do Brasil

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Antônio Carlos Bernardes Gomes faleceu há exatos 25 anos em decorrência de complicações após um transplante de coração. No entanto, o seu personagem Mussum a cada dia que passa parece ser ainda mais eterno. 

O dono do bordão “Cacildis” nasceu no dia 7 de abril de 1941, na cidade do Rio de Janeiro, no Morro da Cachoeirinha e começou sua carreira artística como tocador de reco-reco no grupo Os Modernos do Samba, que mais tarde deu origem ao Os Originais do Samba, que está na ativa até hoje. Os Originais fizeram um estrondoso sucesso em meados dos anos 60 e 70, chegando a ser o show mais caro do país. 

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O humorista Mussum

A forma engraçada como o músico se apresentava nos palcos nos show do grupo Os Originais do Samba levou Mussum a fazer algumas pontas na televisão em um programa do genial Grande Otelo, que inclusive lhe deu o famoso apelido. Muçum, que é um peixe de cor escura muito escorregadio com seu corpo cilíndrico que mais parece uma cobra d’água. 

Após roubar a cena no programa de Otelo foi convidado por Chico Anysio para participar da já famosa “Escolinha do professor Raimundo”. Foi Chico inclusive que lhe deu a dica de terminar algumas palavras com ‘is’, como “tranquilis”e “sossegadis”. 

Nessa época Renato Aragão e Dedé Santana já faziam sucesso com Os Trapalhões e precisavam de mais um integrante para o grupo, já que o programa teria um aumento em sua duração. Dedé já era um grande amigo de Antônio Carlos e o convidou para fazer algumas esquetes. O sambista a princípio recusou a oferta, pois não acreditava que tinha mesmo o dom para o humorismo, mas Dedé o convenceu a entrar para o programa. 

O sucesso de Mussum com Os Trapalhões foi tanto que o músico teve que pedir dispensa dos Originais do Samba para se dedicar integralmente ao humorismo. Mais tarde o grupo ficaria ainda mais completo com a entrada de Mauro Faccio Gonçalves, que interpretava o inesquecível Zacarias. 

Os Trapalhões foram para a Globo em 1977, onde ficaram até o fim do programa em 1995. Na emissora carioca o quarteto protagonizou um sucesso jamais visto anteriormente na televisão brasileira, cativando crianças e também adultos que se deliciavam com esquetes em que Mussum tentava tomar o seu “mé” sem pagar o dono do bar. 

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No cinema nacional também Os Trapalhões alcançaram um inigualável sucesso, com 14 filmes dentre as 30 maiores bilheterias da história. Com mais de 40 longa-metragens, o quarteto marcou as férias escolares dos anos 70 e 80 com filmes que levavam multidões aos cinemas. 

Mussum faleceu no dia 29 de julho de 1994, aos 53 anos de idade, vítima de complicações ocorridas após um transplante de coração. O humorista e sambista foi sepultado no Cemitério Congonhas, em São Paulo.