No dia 23 de julho, a Polícia Federal cumpriu mandato de busca e apreensão contra os suspeitos de invadir o celular do Ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, na época durante a operação batizada de Spoofing, o agente federal decretou a prisão de Walter Delgatti Neto, considerado o líder do grupo.
Após ser preso, o criminoso que atende pelo apelido de Vermelho, pode ser condenado a 30 anos de prisão. Além do caso hackeamento dos celulares de Moro e demais autoridades, ele é réu em mais seis processos, sobre a acusação de estelionato, tráfico de entorpecentes, e assim por diante.
Em uma das acusações, o criminoso responde processo por aplicar o golpe de R$ 623 mil contra o Banco Itaú. O inquérito foi aberto pela Polícia Civil de São Paulo em 2017, na época o banco comunicou o caso às autoridades. Durante as investigações, autoridades descobriram que Delgatti teria desbloqueado 44 cartões de crédito de clientes e começou a fazer transações de compras. No total foram totalizadas 43 operações.
Segundo investigações, o hacker conseguiu realizar o desbloqueio com a ajuda do amigo João Octávio Simini Paschoalino, que era funcionário do Itaú em uma agência situada na cidade de Araraquara, no interior de São Paulo.
Para participar do golpe, Vermelho ofereceu a Paschoalino a quantia de R$ 15 mil e mais o repasse de R$ 5 mil por mês. No início o funcionário teria recusado a proposta, entretanto em depoimento a Polícia, o cúmplice disse ter sido ameaça por Delgatti Neto. Logo depois, o ex-funcionário do Itaú voltou atrás mudando o seu depoimento.