A arte no Brasil está de luto, pois morreu aos 70 anos de idade o ator e também diretor gaúcho, Júlio Saraiva. Ele ficou famoso por atuar em grandes espetáculos, entre eles o inesquecível ‘Hoje É Dia de Rock’, ainda no ano de 1976. Outro trabalho memorável foi em 1997, no ‘A Morte e a Donzela’.
Júlio Saraiva tinha um jeito único de interpretar, era elogiado por sua generosidade com os colegas e se entregava tanto ao trabalho que emocionava a todos que o assistiam. O ator e diretor gaúcho vinha lutando contra um câncer de pulmão e infelizmente acabou não resistindo.
O ator morreu nesta última sexta-feira, dia 2, aos 70 anos de idade em Porto Alegre. Após o velório, onde amigos e familiares prestaram as últimas homenagens, foi realizado o enterro no sábado (03), no Cemitério São Miguel e Almas.
Júlio Saraiva era natural de Porto Alegre e desde cedo mostrou grande interesse pela arte. Ela esteve presente em grandes espetáculos que ajudaram a fazer a história do teatro no estado do Rio Grande do Sul, mas também atuou no cinema e foi responsável por grandes personagens.
Em 1976 ele ganhou um dos seus primeiros trabalhos de destaque e no elenco de ‘Hoje É Dia de Rock’, mostrou na década de 70 que tinha uma grande paixão pela arte. O texto de José Vicente foi dirigido por Dilmar Messias e se tornou inesquecível. Lurdes Eloy, atriz que contracenou com Júlio Saraiva nesta peça, fez questão de relembrar a amizade deles que durou cerca de 40 anos.
“Compartilhamos muitos outros espetáculos e viagens. Julio era uma pessoa extremamente criativa, um artista plural, arquiteto, ator, cenógrafo, diretor, artista plástico, bonequeiro, músico, enfim, um genial criador”, disse a atriz, contando ainda que o ator era intenso, vibrante e que ela sentia muita saudade também da última conversa que tiveram.
Lurdes contou também que o ator estava sempre de bom humor, alegre, mas que no final de sua vida confessou que estava triste e já sem esperança. Ela disse ainda que todos estavam sentindo muito a morte do grande amigo.