A perícia realizada no corpo do sequestrador William Augusto da Silva, de 20 anos, que fez 37 reféns em um ônibus na Ponte Rio-Niterói, mostrou que ele sofreu seis perfurações.
William sequestrou um ônibus que ligava o Jardim Alcântara, em São Gonçalo, ao Estácio, no centro do Rio de Janeiro. O sequestro teve início no começo da manhã e durou pouco mais de três horas.
O sequestrador foi morto por um sniper do Batalhão de Operações Especiais (BOPE) que se posicionou em cima de um caminhão do Corpo de Bombeiros. No momento da morte, William havia liberado seis reféns, mas os demais permaneciam em seu poder dentro do veículo.
De acordo com a perícia inicial realizada no corpo de William Augusto, havia seis perfurações. Não é possível afirmar que foram seis tiros já que uma mesma bala pode causar duas perfurações, ao entrar e sair do corpo do sequestrador.
O que se sabe, com base no laudo, é que os ferimentos ocorreram no antebraço direito, na perna esquerda, no braço esquerdo e duas vezes no tórax do sequestrador que ameaçava incendiar o ônibus com as pessoas dentro.
Segundo informação oficial, três atiradores participaram da ação e ficaram posicionados em locais estratégicos. O que estava em cima do carro do Corpo de Bombeiros chegou a ser coberto por um pano vermelho como forma de ficar camuflado em cima do veículo.
O governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel (PSC), comemorou a atuação policial, a liberação dos reféns com vida e a morte do sequestrador. Em entrevista coletiva, Witzel afirmou que conversou com a mãe e com familiares de William Augusto da Silva.