O Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) constatou um aumento no número de queimadas nos estados que são cobertos pela vegetação da floresta amazônica. Os números são alarmantes e causam preocupação nas autoridades.
No Amazonas, o governo estadual criou um gabinete de crise. O estado tem 7.003 focos de incêndios neste ano. Destes, 5.305 foram registrados neste mês de agosto – até o último dia 19.
O governador Wilson Lima (PSC) comentou que foi criado um gabinete de crise e que estratégias estão sendo montadas para coibir as queimadas ilegais no estado.
No Acre, as autoridades estaduais estudam decretar estado de calamidade pública devido às queimadas que não cessam. Israel Milani, secretário estadual de Meio Ambiente do Acre, lamentou o fato de o Corpo de Bombeiros não dar conta de atender todas as ocorrências.
O número de focos de incêndio no Brasil cresceu 83% neste ano em relação ao ano passado. Em 2019, até o dia 19 de agosto, são 72.843 focos de queimadas. Em 2018, no mesmo período, eram 39.759 – quase metade do registrado atualmente.
Considerando este mesmo período, foram 50.996 focos em 2017; 66.622 em 2016 – número mais alto na série dos últimos cinco anos; e 50.265 em 2015. Portanto, o ano de 2019 bate o recorde e supera todos os anos anteriores.
Das queimadas deste ano de 2019, 52,5% acontecem na Amazônia; 30,1% no Cerrado; 10,9% na Mata Atlântica; 3,4% no Pantanal; 2,1% na Caatinga, e 1% nos Pampas. Os dados foram divulgados pelo Inpe e mostram que a situação no Brasil é crítica.