Muitos produtos da indústria e do comércio mundial utilizam uma quantidade enorme de matérias-primas existentes na Amazônia e na sua vasta riqueza de plantas e animais. Um desses gêneros muito famoso no mundo todo é o perfume francês Chanel Nº 5, o qual usa recursos de uma árvore denominada pau-rosa, e que encontra-se ameaçada de extinção.
Da planta que pode alcançar a altura de até 30 metros, é extraído o óleo chamado de linalol e que é um importante ingrediente na fabricação do renomado perfume francês. O componente, que só existe na Amazônia, foi muito explorado no último século, principalmente na década de 60, quando passou a ser o terceiro produto com maior taxa de exportação do país. A extração indiscriminada, contudo, ocasionou o fato dessa árvore correr o sério risco de desaparecer.
Ainda na década de 60, o interesse enorme pelo linalol aumentou o preço do ingrediente, o que ocasionou o aparecimento de produtos semelhantes, sintéticos. Porém, a perfumaria refinada continuou indo atrás do verdadeiro linalol.
A ameaça acabou fazendo com que, na década de 90, o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) impedisse o corte e extração da referida planta pau-rosa. Algumas empresas obtiveram na Justiça o direito de continuar explorando tal árvore e até os dias atuais perfumistas do mundo todo utilizam a matéria-prima oriunda da Amazônia.
Em virtude dessa planta encontrar-se na lista das espécies ameaçadas de desaparecer, diversas são as tentativas de achar outras opções para se produzir o linalol. Uma das pesquisas revelou que o ingrediente também estaria presente no manjericão, por exemplo.