Lembra do caso João Hélio? Condenado pela morte do garoto deixa prisão e causa revolta

PUBLICIDADE

A morte do garoto João Hélio, de seis anos, causou comoção nacional em 2007. No dia 7 de fevereiro daquele ano, ele estava no carro junto com a mãe e a irmã de 14 anos. O veículo foi abordado por um grupo de assaltantes.

Rosa Cristina, a mãe da garoto, e Aline, a irmã, conseguiram sair do veículo. Rosa tentou tirar João Hélio, mas os bandidos arrancaram com o carro e o garoto ficou preso ao cinto de segurança do lado de fora do carro.

João Hélio foi arrastado por sete quilômetros, não resistiu aos ferimentos e morreu. Os criminosos foram presos. Um deles era menor de idade e foi solto em 2011. 

Entre os assaltantes estava Carlos Roberto da Silva. Ele foi preso dias depois da morte de João Hélio. O bandido foi condenado a 39 anos em regime fechado, mas na última quinta-feira deixou o Instituto Penal Plácido de Sá Carvalho, no Complexo Gericinó, na zona oeste.

Carlinhos sem pescoço, como é conhecido, ganhou o direito de cumprir a pena em Prisão Albergue Domiciliar (PAD). No Rio, só existe uma instituição desse tipo e o criminoso foi autorizado a cumprir a pena em casa.

A medida causou revolta. Nas redes sociais, a decisão foi bastante criticada. Inclusive o ministro da Segurança Pública e Justiça, Sergio Moro, criticou a medida e fez alusão ao pacote anticrime que enviou ao Congresso Nacional e aguarda votação.

Carlinhos sem pescoço terá que ficar em casa entre 22h e 6h. Nos fins de semana e feriados também não pode sair de casa. O criminoso deixou a cadeia sem a tornozeleira eletrônica e deve colocá-la nos próximos dias.