Uma candidata às eleições locais em outubro foi morta junto com sua mãe e quatro líderes sociais em uma emboscada na noite de domingo.
O veículo blindado no qual a candidata a prefeita do município de Suárez, na Colômbia, Karina García, de 31 anos, sofreu um ataque de armas de longo alcance e posteriormente foi incendiado. O ataque aconteceu no bairro Cauca, controlado por traficantes.
Através de um tweet, Jair Rossi, Provedor de Justiça Regional condenou o ataque, que também matou a mãe de Karina e mais e três líderes sociais que ainda não foram identificados.
A área em que a candidata do Partido Liberal morreu é um setor comunitário indígena, afetado pela violência relacionada à droga e mineração ilegal, de acordo com Rossi.
“Estamos sofrendo hoje, pai, irmã e há uma criança de três anos sofrendo as consequências da indolência deste país e deste mundo bélico em que eles atualmente nos têm“, disse Orlando García, pai do vítima.
Orlando Garcia, de 60 anos, também informou que sua filha recebeu ameaças de alguns seguidores de outros candidatos.
O Alto Comissário para a Paz, Miguel Ceballos, atribuiu o ataque ao chefe do grupo de dissidentes das FARC que atuam na área, conhecido por Mayimbú. Ele também denunciou o sequestro de outro candidato do Partido Liberal, no bairro Chocó, nas mãos do ELN, o último guerrilheiro reconhecido na Colômbia.
O ministro da Defesa, Guillermo Botero ofereceu uma recompensa de U$ 29 mil (cerca de R$ 114 mil) por informações que contribuem para a captura de Mayimbu. O Partido Liberal lamentou em um tweet a morte de Karina nas mãos de terroristas e exigiu garantias ao presidente Iván Duque para participar da corrida eleitoral.