Em um hospital de Goiânia, as gêmeas siamesas que nasceram nesta última quinta-feira, dia 26, estão recebendo muito carinho de toda equipe enquanto os médicos enfrentam um grande problema, pois elas nasceram unidas por tórax, coração e abdômen.
As irmãs nasceram com 34 semanas de gestação e juntas pesam 3,044 kg. O hospital divulgou um boletim médico informando que o estado de saúde das irmãs é estável, mas a grande preocupação é em relação ao futuro delas.
O médico Zacharias Calil está responsável pelo caso, o cirurgião pediátrico disse que um mês antes do nascimento ficou constatado que elas estavam unidas não apenas pelos corpos, mas também a formação cardíaca.
“Elas são unidas pelo tórax, pelo abdômen e pelo coração. Uma tem o coração tamanho normal, a outra tem o coração que é totalmente colado no da outra – músculo com músculo. Então o coração é único, praticamente”, disse o médico alertando que neste caso não existe a menor possibilidade de realizar uma cirurgia para separá-las.
O médico fez questão de ressaltar que realizando uma cirurgia de separação uma das meninas fatalmente iria a óbito, por isso não tem como realizar o procedimento e também não existe a possibilidade de fabricar um coração artificial, mesmo com o avanço da tecnologia. O doutor Calil explicou que os corpos se uniram para que elas pudessem sobreviver dentro do útero e que o desafio agora é mantê-las vivas aqui fora.
Uma das gêmeas tem o ventrículo esquerdo normal, mas o da outra praticamente não desenvolveu. Diante desse cenário o organismo criou ‘uma janela’ e fez a ligação entre o ventrículo direito e o esquerdo da irmã para que pudessem sobreviver.
Os próximos dias são fundamentais para saber como as gêmeas ficarão e se elas conseguirão ter uma vida quase normal no futuro, mas por enquanto tudo é muito incerto.