De acordo com os portais especializados na televisão brasileira, a nova série da Globo deve causar polêmica entre a classe conservadora do país, por tratar de temas muito polêmicos, como o aborto. Estreia na noite desta terça-feira (8) Segunda Chamada, nova produção da emissora carioca.
O enredo da história promete altas doses de tensão, além de críticas incisivas a uma série de questões enfrentadas pela sociedade brasileira, sendo descrita como uma das séries de maior cunhagem política de toda a história da Rede Globo.
Politicamente falando, a série tende mais à esquerda. Os focos da produção serão voltados em assuntos como a opressão contra as minorias do país, injustiças sociais, precariedade da educação pública e saúde pública.
A história se passa em uma região da periferia de São Paulo, principalmente em uma escola, onde no período da noite acontece o EJA (Educação de Jovens e Adultos), programa do governo federal para alfabetização de pessoas fora da faixa-etária escolar.
Os alunos, cada um deles estigmatizado com um dos reflexos vividos pela sociedade brasileira, levam os seus problemas pessoais para dentro da sala de aula, expondo muitas das mazelas enfrentadas pelo país, em tom muito crítico.
Uma das abordagens que promete dividir opiniões, é a maneira como a questão do aborto será tratada. A personagem vivida pela atriz Nanda Costa é mãe de três filhos, tenta fazer um procedimento de laqueadura pelo SUS, mas não consegue. Ela acaba engravidando, e opta por realizar um aborto clandestino, o que lhe traz sérias consequências.
Natasha, vivida pela atriz e rapper Linn da Quebrada, é uma mulher trans. Na série, será exibida toda a sua realidade, os sofrimentos e os preconceitos decorrentes de sua condição existencial.