Icterícia neonatal: entenda os riscos e o tratamento da doença que atinge recém-nascidos

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Algumas crianças podem apresentar uma cor amarelada no tom da pele após o nascimento. Esse tom amarelo-alaranjado pode acabar se estendendo ao branco dos olhos e outros tecidos do corpo. Esse quadro que atinge os bebês é conhecido como icterícia neonatal.

A doença é comum entre as crianças recém-nascidas, sendo detectada e recebendo o tratamento correto, ela não apresenta grandes riscos a criança. A especialista Alice Deutsch, responsável pela UTI Neonatal do Hospital Albert Einstein, explicou que a doença ocorre devido ao aumento no sangue do pigmento chamado bilirrubina.

O organismo produz a substância de forma natural, sendo resultado do rompimento das células sanguíneas. De acordo com a explicação da profissional, após a morte dessas células, a hemoglobina se transforma em bilirrubina, sendo transportada para o fígado, onde é metabolizada e excretada pelas fezes.

No entanto, se o processo não acontece de maneira correta, a bilirrubina acumula no sangue e provoca o amarelado na pele. O problema também pode ocorrer devido a incompatibilidade de sangue entre a mãe e o bebê. Nesse tipo de situação é necessário ter uma maior atenção.

O fato é que na maior parte dos casos, a icterícia tende a desaparecer de maneira espontânea ou após a mudança na frequência da amamentação. Isso porque o bebê que mama menos vezes ao longo do dia pode apresentar uma dificuldade maior para poder eliminar a bilirrubina do organismo.

A doença costuma surgir entre o segundo e terceiro dia de vida do bebê e tem duração media de dez dias. A exceção ocorre com os prematuros que apresentam formas mais longas e intensas da doença.

O tratamento da icterícia é realizado por meio de fototerapia, também chamado popularmente de banho de luz. A iluminação especial ajuda a desencadear uma alteração na estrutura da bilirrubina, diluindo assim o pigmento no organismo que é eliminado pelo intestino.

Se não for tratada corretamente, a icterícia pode agravar e provocar sérios danos ao corpo, inclusive pode causar encefalopatia, uma doença grave que atinge o cérebro. Além disso, o agravamento leva a complicações futuras, como a anemia falciforme.