João Miguel, de 1 ano e dez meses, morreu na manhã desde quinta-feira (17), em Belo Horizonte . O pequeno João lutava contra uma doença conhecida como AME (Amiotrofia Muscular Espinhal).
A Atrofia Muscular Espinhal (AME) é uma doença neurodegenerativa, é uma doença genética e necessita que ambos os progenitores, pai e mãe, possuam o gene para a doença. O embrião então herda dos pais.
AME é uma doença neuromuscular que pode causar degeneração perda de neurônios motores da medula espinal e do tronco cerebral. O resultado disso é paralisia, arreflexia e atrofia de músculos, fraqueza muscular severa, entre outros sintomas.
O caso ganhou mídia após os pais do menino organizarem uma campanha para arrecadar fundos afim de pagar o tratamento da criança. A doença é rara e o custo da medicação é muito alto, para desacelerar a perda dos neurônios motores, João Miguel precisava de um medicamento com valor de R$ 375.000,00 por caixa.
A população da região se mobilizou com o caso. Moradores de Conselheiro Lafaiete, cidade a 100 KM de Belo Horizonte, juntamente com a polícia civil ajudaram nas campanhas para levantarem o valor necessário para ajudar a criança.
O pai, Matheus Henrique Leroy Alves, 37 anos, pegou cerca de R$ 1 milhão do valor arrecadado para o tratamento do filho, e fugiu para a Bahia.
Matheus foi preso pela polícia civil três meses após a fuga, em um apart-hotel na cidade de Salvador, e acusado por apropriação e desvio de valores de pessoa portadora de deficiência, abandono material, estelionato e falsa comunicação de crime.