Algumas histórias são surpreendentes. Nessa semana, a Revista Marie Claire, em seu site, publicou um relato que lembra até os famosos filmes de suspense. A técnica em radiologia mineira, Cidiane Marra,, tinha ido ao mercado do bairro quando, na hora de pagar pelas compras, recebeu um bilhete. No papel, estava um pedido de socorro.
A caixa do supermercado já estava há seis anos sendo torturada pelo marido, proprietário do estabelecimento. Cidiane diz que o mercado havia aberto há apenas dois meses, quando recebeu o pedido de socorro, mas antes mesmo do bilhete, ela já notava que a caixa tinha um aspecto triste, ficando a maior parte do tempo cabisbaixa.
A caixa era de uma família síria, identificada como Rayna; e usava o famoso véu. A técnica em radiologia conta que chegava a brincar com a criança pequena do casal, mas estranhava o fato da mulher nunca sorrir. Ao pagar pela compra, certo dia, Cidiane recebeu um bilhete de socorro junto ao troco. A mulher síria, por sua vez, com um dedo fez sinal de silêncio.
A protagonista dessa história não pensou duas vezes e decidiu procurar ajuda. “Saí do carro correndo e fui até a padaria que fica ao lado do mercadinho. Mostrei para a gerente e, imediatamente, chamei a polícia, que chegou em menos de 20 minutos”, disse Cidiane. A vítima síria, ao ver a polícia, mostrou seus machucados.
De acordo com ela, o marido a trancava à noite, evitando assim que fugisse de casa. Além disso, havia queimaduras de cigarros por todo o corpo, incluindo as partes íntimas da mulher síria. O homem precisou ir à delegacia e, no local, os agentes descobriram que ele era foragido da Justiça, acusado por um assassinato.
“Rayna me deu e o quanto me agradeceu por libertá-la daquele homem. Ela me disse que o motivo maior de ter tomado coragem e me pedido ajuda foi que, dias antes, ele havia dito que a filha deles já estava ficando grandinha, ‘no ponto'”, revelou a mulher, que comove com o seu relato.