Em 2021, o Mundial de Clubes organizado pela Fifa, entidade máxima do futebol mundial, ganhará novos moldes. A América do Sul terá o direito de colocar na disputa seis representantes do continente sul-americano, e um deles poderá ser o Grêmio, conforme analisa o presidente da entidade continental.
Alejandro Domínguez, em entrevista concedida neste fim de semana em Lima, no Peru, palco da final da Libertadores conquistada pelo Flamengo pra cima do River Plate após virada história por 2 a 1, falou a respeito da possibilidade do Tricolor Imortal entrar no páreo:
“Para mim, em particular, os campeões (Libertadores e Copa Sul-Americana) têm que ser os nossos representantes no Mundial. Mas não sou eu que decido. O Grêmio pode voltar a ganhar a Libertadores em pouco tempo e aí ir (ao Mundial). Há tempo ainda (para decidir)”, disse o dirigente.
Com o novo formato proposto pela Fifa, o Mundial passa a ocupar a vaga da Copa dos Confederações, tendo um total de oito times europeus, além dos já mencionados seis da América do Sul, e as demais vagas sendo disputadas pelos clubes dos continentes restantes. A entidade deixou livre para cada confederação eleger os seus próprios critérios classificatórios para o torneio.
Neste sentido, surge um impasse, estando de um lado a CBF e a Fifa, e de outro a Conmebol. A ideia dos primeiros é eleger os últimos quatro campeões da Libertadores como representantes do continente, que seriam Grêmio, River Plate, Flamengo e o campeão de 2020. As outras duas vagas seriam disputadas em uma competição fechada entre os quatro últimos campeões da Sul-Americana, totalizando seis vagas.
A Conmebol, por sua vez, quer resgatar a Supercopa, um torneio que reúne todos os campeões continentais que disputarão entre si duas vagas. As outras quatro vagas seriam preenchidas pelos campeões da Libertadores e da Sul-Americana dos anos de 2019 e 2020.