A cantora pernambucana Karina Buhr agitou as redes sociais esta semana ao dizer que foi abusada e também extorquida durante quatro anos pelo babalorixá Expedito Paula Neves, conhecido por todos como Dito d’Oxóssi. Esse pai de santo é responsável por um dos mais famosos grupos religiosos na região de Pernambuco.
Expedito Neves já foi compositor e também vocalista do afoxé Ylê de Egbá, mas ele morreu no dia 15 deste mês, aos 58 anos. O babalorixá sofreu uma parada cardiorrespiratória, vindo a óbito logo em seguida.
Após a morte de Expedito, muitas homenagens foram prestadas a ele por causa de sua contribuição e também difusão da musicalidade negra. A cantora Buhr também decidiu comentar a respeito do falecido, só que surpreendeu a todos ao afirmar que foi vítima dele entre os anos de 1998 a 2002.
A família do babalorixá foi procurada para comentar a respeito da declaração bombástica da cantora, mas eles apenas informaram que não têm nada a declarar sobre isso. A filha do babalorixá alegou que estavam tratando dos procedimentos religiosos e para comentar a respeito seria preciso se inteirar do que houve.
Buhr explicou que resolveu revelar tudo em 2018 quando surgiram as denúncias contra João de Deus e chegou a prestar depoimento para uma promotora, só que ficou com medo de retaliações e não assinou o termo de declaração para iniciar o processo.
Segundo a cantora, primeiro ela foi vítima de extorsões, depois foi violentada no quarto. Ela contou ainda que foi abusada até no terreiro, quando perdeu a memória após ingerir uma bebida.