As expectativas para a manhã desta sexta-feira (10) não são das melhores em uma das sedes da Rede Globo, localizada em São Paulo. A partir das redes sociais, desde o fim do ano de 2019 sindicalistas e funcionários da casa vinham se mobilizando sobre um grande protesto, com início previsto para às 8h da manhã em duas entradas do complexo que fica na região nobre da Vila Cordeiro.
Dentre as reivindicações, a redução dos planos de saúde ofertados aos funcionários é uma das principais. A Rede Globo já se manifestou em nota, dizendo que nenhum direito de seus contratados será afetado a partir da mudança. Mas esse não é o entendimento dos trabalhadores.
Familiares dos funcionários também estão sendo convocados a participar do protesto: “A Globo está discriminando seus trabalhadores, mostrando a face mais cruel do sistema capitalista, no qual só alguns conquistam privilégios”, diz a nota disparada nas redes pelo boletim sindical Antena Ligada.
Outro ponto de crítica, diz respeito aos cortes de custos e as demissões em massa ocorridos recentemente. Diante da crise que afeta o país, a emissora de Roberto Marinho não viu outro caminho a não ser essas medidas mais radicais.
A coluna de Ricardo Feltrin no UOL apurou que tais cortes vinham sendo estudados há tempos, por conta de outros investimentos, como o serviço de streaming Globo Play. Além disso, foram gastos cerca de 40 milhões de dólares para a construção de estúdios de última tecnologia no Rio de Janeiro, exigindo que os cintos fossem apertados para que se mantivesse a saúde econômica da empresa. Pelo menos essa é a alegação da emissora.