Uma polêmica foi instaurada no país nas últimas semanas. A produtora Porta dos Fundos lançou um filme no serviço de streaming Netflix chamado Especial de Natal: A Primeira Tentação de Cristo. A sátira sugere um Messias homossexual, que retorna com um companheiro homem após a passagem bíblica de 40 dias e 40 noites no deserto.
O caso foi considerado uma afronta por parte do público, e uma petição online foi feita, solicitando que o material fosse retirado do ar “por ofender gravemente os cristãos”. Após muitas polêmicas, uma decisão da Justiça acabou proibindo temporariamente que a produção fosse disponibilizada pela Netflix.
Rachel Sheherazade, âncora do telejornal SBT Brasil, estaria proibida por Silvio Santos, o dono da emissora, de dar opiniões sobre as notícias veiculadas. Ela chegou a ser ‘coagida’ pelo apresentador durante uma das últimas edições do Troféu Imprensa, após virar polêmica no país por conta de uma das falas em tom crítico.
Ao noticiar a decisão da Justiça quanto ao Porta dos Fundos, a jornalista parece ter se rebelado. Ela reagiu de maneira contrária, ao fazer um link ao vivo chamando o repórter que traria mais informações a respeito do caso: “Nós vamos agora ao vivo ao Rio de Janeiro onde o repórter Léo Sant’Anna tem mais informações. Boa noite, Léo. É censura que chama?”, disparou.
Rachel Sheherazade driblou a ordem de Silvio Santos e emitiu opinião sobre a proibição do especial de Natal do Porta dos Fundos: "É censura que chama?" pic.twitter.com/K1mDVeNjZf
— Paulo Pacheco (@ppacheco1) January 8, 2020
Tomando partido, a apresentadora se mostrou favorável à livre veiculação da sátira, ficando contra os pedidos feitos pela classe religiosa do país. Católicos e evangélicos, assim como líderes de diversas denominações cristãs, demonstraram revolta com o Porta dos Fundos por conta da versão apresentada de Jesus Cristo.