Porteiro que tentou incriminar Bolsonaro no ‘caso Marielle’ é desmentido pela polícia

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O assassinato da ex-vereadora Marielle Franco, do PSOL, que ocorreu no dia 14 de março de 2018, ainda está com investigações comandadas pela Polícia Civil. Quase dois anos após sua morte, a polícia já encontra alguns caminhos para chegar ao mandante do crime.

Até agora, apenas duas pessoas foram presas, sendo elas as suspeitas de estarem no carro onde saíram os disparos que assassinaram Marielle. O ex-policial Élcio Vieira de Queiroz e o policial militar reformado Ronnie Lessa foram presos em março de 2019. Até hoje, os militares continuam sob custódia.

Segundo informações vindas da polícia, o PM reformado, Ronnie Lessa, foi o autor dos 13 disparos que assassinaram Marielle e seu motorista Anderson. Ronnie estava no banco de trás do Cobalt (veículo utilizado pelos criminosos) que perseguiu o carro da vereadora. Já o Ex-PM Élcio Vieira de Queiroz teria sido quem dirigiu o Cobalt e perseguiu o veículo da vítima.

Em novembro de 2019, apareceram indícios de que o atual presidente da república, Jair Messias Bolsonaro, poderia estar envolvido no crime que resultou na morte de Marielle.

Segundo uma reportagem da Rede Globo, o porteiro do condomínio onde morava Jair Bolsonaro teria concedido a entrada de Élcio Vieira Queiroz com uma autorização do atual presidente.

Nesta terça-feira (11), foi divulgado um laudo assinado por seis peritos da Polícia Civil, onde retiram todas as acusações de envolvimentos de Jair Bolsonaro na morte de Marielle Franco.

O porteiro foi desmentido pela investigação. De acordo com o laudo, a pessoa que autorizou a entrada de Élcio Vieira no local foi Ronnie Lessa, e não Bolsonaro.

O laudo aponta ainda, por meio de áudios, que a voz do porteiro que autorizou Élcio entrar não era a mesma do que acusou Bolsonaro de ter autorizado. Ou seja, o porteiro que acusou o atual presidente nem ao menos estava na portaria, para se defender e alegar que teria se confundido.