‘Graças a essa selfie descobri que minha mãe me roubou quando eu era bebê’

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Em abril de 1997, uma mulher vestida com um uniforme de enfermeira saiu de um hospital da Cidade do Cabo, na África, carregando um bebê de três dias. Foi apenas por puro acaso, que, 17 anos depois, a criança roubada descobriu sua verdadeira identidade.
A descoberta ocorreu por meio de uma selfie. O caso teve grande repercussão. 

Entenda a história de uma simples selfie que ajudou a mudar para sempre a vida de uma jovem

A história ganhou mais detalhes nessa semana, quando a BBC Brasil trouxe o caso, novamente, à tona. No final de 2019, outros sites tinham dado uma versão dessa história, que agora ganha um depoimento de uma das envolvidas.

A vida da jovem começou a mudar em um momento que era para ser comum. Foi o primeiro dia dela no Ensino Médio, e o começo do último ano de Miché Solomon.
E naquele dia de janeiro de 2015, Miché, 17 anos, foi confrontada por outros estudantes, contando-lhe com entusiasmo a nova garota, Cassidy Nurse, que era três anos mais nova, mas parecia quase idêntica à veterana, que já estava quase deixando a escola. Os amigos dela ficaram perplexos com tamanha semelhança. 

Inicialmente, Miché não pensou muito nas observações dos novos amigos.
Mas quando as duas garotas se conheceram, mais tarde no corredor, Miché diz que sentiu uma conexão instantânea que não conseguiu explicar. Não demorou muito para a amizade ficar mais forte. Miché Solomon tirou uma selfie com a nova amiga, Cassidy. Essa, por sua vez, mostrou a foto da amiga semelhante aos pais.

Foi então que eles perguntaram à Miché Solomon se ela havia nascido em abril de 1997. A resposta deu início à uma investigação. Os pais de Cassidy entenderam que Miché Solomon poderia ser a filha deles que foi furtada por uma enfermeira.

Após testes de DNA, Miché Solomon descobriu que sua mãe sempre havia mentido para ela. A mãe de Soloman era a enfermeira que a sequestrou do hospital. Com isso, a semelhança com Cassidy não era uma mera coincidência. As duas, na verdade, eram irmãs.