Após a morte de João Gilberto, ex-mulher será despejada, não tem para onde ir e passa fome

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Prestes a se completarem sete meses desde a morte do músico João Gilberto, Maria do Céu Harris segue lutando na Justiça pelo direito de que sua união estável seja reconhecida, em processo que tramita sob segredo. Mas em outro processo, ela é ré ao lado de Bebel Gilberto, filha do pai da bossa nova.

Ambas são alvo da proprietária do imóvel onde João Gilberto passou os seus últimos anos de vida. A alegação confronta o não pagamento de aluguéis e condomínios desde o mês de agosto do ano passado. Somadas todas as dívidas vencidas, o montante é próximo da casa dos R$ 100 mil.

A Justiça já decretou uma audiência de conciliação que será realizada no próximo dia 26 de março. Ciente da realidade, Maria do Céu diz que inevitavelmente será despejada. O grande problema é que a mulher não tem para onde ir, tampouco dinheiro suficiente para arcar com as despesas atrasadas.

Em entrevista para o Extra, uma amiga próxima da ex-mulher de João Gilberto falou sobre o caso. “A situação dela é muito preocupante. Ela não tem onde ficar, não possui parentes e os poucos amigos que restaram não querem se envolver nisso”, e na sequência prossegue: “Nem alimentação ela tem direito”.

Quando João Gilberto morreu, Bebel Gilberto, detentora da curatela do pai em vida, entrou com uma petição para ser a inventariante, mas desistiu na sequência. João Marcelo, o irmão que mora nos EUA, também havia solicitado que fosse o inventariante, mas a distância comprometeria a movimentação.

Diante disso, o Ministério Público sugeriu que a advogada Silvia Regina Dain Gandelman seja a inventariante daqui para a frente. Caso ela aceite, será a responsável pela gerência do dinheiro que João Gilberto possa receber por direitos autorais de suas produções. Como Maria do Céu ainda não conseguiu provar que era legitimamente a esposa do músico, ficará de fora da partilha dos herdeiros, até o momento.