Uma mulher transsexual, conhecida como Suzy, virou alvo de uma grande polêmica entre os internautas. Isso porque a trans, cujo nome de batismo é Rafael Tadeu de Oliveira Santos, foi um dos destaques de uma reportagem do Fantástico, da TV Globo, que mostrava a vida das trans nos presídios brasileiros.
Suzy foi condenada pelo abuso, homicídio e ocultação de cadáver de um menino de apenas 9 anos. A trans confessou o crime que cometeu em 2010 e causou repulsa no público, que, anteriormente, tinha feito campanhas para doações e cartas serem enviadas à detenta. O público tinha ficado comovido após Suzy revelar que estava há 8 anos sem visitas de parentes.
Dráuzio Varella, o condutor da reportagem, a Globo e Suzy vêm sofrendo muitos ataques. Mas como vive essa transsexual dentro do presídio? Quais são suas atitudes? Ela é uma prisioneira com ‘bom comportamento’? Todas estas questões foram feitas pelo público.
E a resposta para essas dúvidas são o contrário do que parte do público pensa. Na prisão, Suzy se dedica ao trabalho em uma fábrica e tem o pleno desejo de sair da penitenciária. Além disso, como já foi exposto no Fantástico, a trans não recebe visitas de familiares há 8 anos.
Suzy teve seu processo transitado em julgado em junho de 2014. Desde então, o desejo da trans é deixar a cadeia. A Defensoria Pública pediu revisões da pena de Suzy, tentando reduzi-la em 2015 e 2017. Os pedidos foram negados e as revisões não podem mais serem solicitadas.
A advogada Bruna Paz de Castro viu a história de Suzy no Fantástico e se solidarizou, propondo a trabalhar gratuitamente para transsexual. A advogada revela que seu desejo é a manutenção dos direitos da detenta, que agora deve ter a “remição de um dia de pena a cada três dias trabalhados“.
Em uma carta ao público, Suzy revelou que realmente errou, e que está “pagando” pelo que fez. Dráuzio Varella já se desculpou pela abordagem da reportagem.