Um homem de 55 anos, carioca, sem nenhuma outra doença prévia, sem fazer parte do grupo de de riscos, teve que ser internado na UTI apenas 2 dias após os primeiros sintomas da Covid-19, doença causada pelo coronavírus, se manifestarem.
Ainda internado, em recuperação, ele afirmou: “estava meio de piada com essa história, achando que era bobagem, que era só uma gripe… não é nada disso. Não é uma gripe comum. Achei que ia morrer”.
O paciente, que chegou da Suíça no dia 6 de março, sexta-feira, começou a sentir alguns sintomas 4 dias depois de sua chegada. Durante uma reunião de trabalho, começou a tossir, espirrar e sentir calafrios. Imediatamente mandou uma mensagem para sua esposa, que o botou em contato com o médico do casal.
O médico foi categórico em suas instruções. Mandou que saísse imediatamente da reunião e ir direto par ao hospital.
Um pouco relutante em seguir as orientações, o médico disse: “Cara, você não está entendendo. Você tem uqe sair daí agora porque cada pessoa que está aí com você tem risco de pegar. E pode ter um pai velho ou alguém doente que poderar sobrer mais.”
Esse choque de realidade o fez sair de imediato da reunião e procurar o hospital.
Fez exames no mesmo dia e a tomografia identificou que o pulmão estava limpo. Porém, dois dias depois, na quinta-feira, veio o resultado positivo para coronavírus.
Nesse período, de terça-feira à quinta-feira, ele ainda estava tranquilo, seguindo orientações médicas e em isolamento. Porém, na quinta-feira à noite, começou a falta de ar.
Entrou em contato com o médico, que o orientou a ir ao hospital na manhã do dia seguinte. Lá chegando, refizeram a tomografia e já estava com pneumonia dupla.
Nos três dias seguintes, sexta-feira, sábado e domingo, foi “pauleira”, de acordo com o paciente. “Sexta, sinceramente, achei que ia morrer. Muito sono, protrado. Não é uma gripe normal. É uma coisa completamente diferente. Desde a internação, só tenho visto astronautas aqui, os médicos e enfermeiros com aquelas roupas de proteção”.
A sua esposa também ficou doente e está em isolamento em casa. Outras três pessoas que moram com o casal estão sem a doença, na mesma residência. A esposa fica apenas dentro do quarto com banheiro exclusivo.