Primeiro morto pelo coronavírus pode ter deixado um rastro devastador

PUBLICIDADE

Na manhã dessa segunda-feira (17) foi confirmada a segunda morte por coronavírus no Brasil. Um aposentado de 62 anos de idade morreu depois de ser internado na cidade de São Paulo, ele perdeu a vida na noite de segunda-feira (16), mas o caso só foi divulgado no dia seguinte.

Depois de mais de 24 horas da morte da primeira vítima do novo coronavírus do país, alguns parentes que moravam com ele no bairro Paraíso, em São Paulo, e que também apresentam sintomas iguais ao da doença, ainda não tinham feito testes de detecção até a tarde de terça-feira.

A vítima fatal era um porteiro aposentado de 62 anos de idade, de origem humilde que apresentava hipertensão e diabetes. Ele foi internado no último sábado no Hospital Sancta Maggiori, na rede PreventSenior, próximo de sua residência, porque começou a passar mal há cerca de quatro dias.

O primeiro caso fatal confirmado pode ter deixado um rastro devastador e preocupante, afinal ele teve contato com seu pai de 83 anos de idade, sua mãe de 82, seu irmão de 61, e mais duas irmãos, com 60 e 55 anos.

Em uma entrevista concedida ao jornal O Globo, um dos irmãos do aposentado disse que todos relataram sintomas como tosse, febre e falta de ar, mas que não conseguiram fazer o teste que pode detectar o vírus no paciente.

Agora a gente fica achando que todo mundo está com coronavírus, essa praga miserável, Deus me perdoe”, disse o irmão da vítima, que também é porteiro e está aposentado. Ele afirma ainda que procurou o Hospital do Servidor Público, que é da rede municipal e que fica na Zona Sul da capital paulista. O homem afirmou que até a tarde de terça-feira (17) não receberam a visita de nenhum agente nem foram orientados acerca do risco que foram submetidos.