O presidente Jair Bolsonaro acabou isolado na crise do coronavírus. Enquanto chamava o vírus de “histeria” e até governadores de “lunáticos”, como foi o caso de João Dória, após decretar a quarentena do estado de São Paulo, Bolsonaro passou até a ser ignorado. Como uma uma matéria do site da revista Veja deste domingo, 22 de março, Bolsonaro virou uma espécie de ‘presidente fake’. Isso porque na prática não tem mandado durante a crise.
Não foram só Dória e Wilson Witzel que ignoraram as ações de Bolsonaro. A Veja diz que os governadores criaram um grupo de “rebelião’ contra o presidente por meio do WhatsApp. Por lá, eles discutem medidas a serem tomadas. Bolsonaro chegou a emitir um decreto lembrando que quem manda nas estradas e nos aeroportos é o governo federal, mas na prática tem sido ignorado novamente.
Até Ronaldo Caiado, governador de Goiás, que era considerado o mais próximo de Bolsonaro, tem preferido o cuidado e a observação do mundo do que ouvir o presidente. Ele foi outro que mandou fechar os aeroportos e estradas. Na CNN, Ronaldo evitou a atacar o presidente, mas foi claro.
“Não estamos desrespeitando a decisão do presidente. A Constituição é bem clara ao nos assegurar as ferramentas legislativas”, disse ele sobre o assunto.
Bolsonaro chegou a dizer que Witzel e Dória faziam terrorismo com a população, em meio aos números absurdamente altos de diversos países. No mundo, já são quase 14 mil mortos por conta da COVID-19. No Brasil, são 1.209 casos e 18 mortos. Acredita-se que o ‘pico da pandemia’ por aqui ocorra no final de abril.