‘De saco cheio do Mandetta’: Bolsonaro estuda demissão e já teria substituto, diz site

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Luiz Henrique Mandetta, Ministro da Saúde, voltou novamente a defender o isolamento social. A medida ajuda a reduzir a circulação de pessoas para evitar a disseminação desenfreada do novo coronavírus. De acordo com Mandetta, é preciso ser racional e não agir de forma impulsiva e afirmou que a paralisação precisa ser analisada em cada cidade e estado.

Ele também falou sobre o fechamento total do território do país, pois acredita que não seja algo positivo. “Não existe quarentena vertical (só para idosos), não existe quarentena horizontal. Existe a necessidade de arbitrar num determinado tempo qual grau de retenção que uma sociedade precisa fazer”, explicou o ministro.

Ele frisou ainda que a pandemia é séria e não é apenas uma gripezinha, inclusive, ele chegou a apresentar possíveis cenários para a enfermidade no país e advertiu o presidente Bolsonaro durante uma tensa reunião que aconteceu neste sábado, 28 de março. Ele disse que se morrer mil pessoas será correspondente à queda de quatro aviões boeings, e ainda questionou: “Estamos preparados para o pior cenário, com caminhões do Exército transportando corpos pelas ruas? Com transmissão ao vivo pela internet?”, frisou Mandetta.

O Ministro ressaltou que a paralisação no Brasil tem diminuído o número de traumas e acidentes e consequentemente mais leitos ficam à disposição nos hospitais. Ele explicou que quando o governo fala em colapso não é apenas uma referencia ao sistema de saúde, mas tudo que envolve a logística.

Mandetta também fez questão de dizer que a pandemia do novo coronavírus é muito diferente da H1N1, não sendo possível nenhum tipo de comparação. Ele também defendeu a parceria que deve ser feita com os estados, pois todos têm que trabalhar em conjunto. Ainda não é possível saber quais serão os danos provocados por esse vírus, contudo, o objetivo é poupar a vida de todos.

Bolsonaro tem pontos de vista diferentes do ministro e defende o isolamento vertical. De acordo com o site UOL, auxiliares próximos do presidente teriam dito que ele está “de saco cheio de Mandetta”. Inclusive, ele somente não o teria demitido para evitar uma crise ainda maior do que a provocada pela pandemia da Covid-19. Ainda segundo o site, Bolsonaro já teria até escolhido uma substituto para colocar no lugar de Mandetta, que seria  o atual presidente da Anvisa, Antônio Barra Torres.