O médico norte-americano, James Goodrich, esteve no Brasil em abril do ano passado, para orientar uma cirurgia no Distrito Federal. O procedimento cirúrgico foi reconhecido no mundo todo. O objetivo era salvar as bebês gêmeas siameses Lis e Mel..
James esteve no Hospital da Criança, em Brasília, e foi conselheiro na missão de separar as irmãs siameses. O médico também esteve presente em alguns outros procedimentos que foram realizados em Ribeirão Preto, no estado de São Paulo.
O médico, assim como outros casos graves da Covid-19, respirava por aparelhos. James acabou falecendo no último domingo, 29 de março, deixando todos de luto. O profissional da saúde tinha 73 anos e fazia parte do grupo de risco por sua idade.
James contraiu a doença Covid-19 em meio a epidemia do novo coronavírus nos Estados Unidos da América, onde tem aumentado muito os casos de contágios pela doença. James estava internado em estado grave e em coma induzido na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) de um hospital em Nova Iorque.
O médico era neurocirurgião e especialista em cirurgias que tinham o intuito de separar gêmeos siameses, principalmente, craniópagos (unidos pela cabeça), como era o caso de Lis e Mel.
O caso Lis e Mel mobilizou mais de 50 profissionais
Lis e Mel eram unidas pela cabeça e sua família buscou o SUS (Sistema Único de Saúde) para a realização do procedimento de separação. As bebês passaram cerca de 10 meses unidas pela cabeça até a data da cirurgia.
Em 27 de abril, chegou o grande dia. Mais de 50 profissionais estiveram na cirurgia que exigia extremo cuidado. Dividida em 36 etapas, o procedimento durou quase dois dias e foi um dos maiores sucessos em relação a separação de siameses.