Bolsonaro muda o tom em pronunciamento e insiste em distorcer fala de diretor da OMS

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Na noite desta terça-feira (31), Jair Bolsonaro fez um novo pronunciamento a respeito da pandemia do novo coronavírus que já registrou 856.955 casos confirmados no mundo com 42.089 mortes. O Brasil registra 5.717 casos e 201 mortes.

Seu discurso foi exibido em toda cadeia nacional de rede e televisão do país e durou aproximadamente oito minutos. Essa é a quarta oportunidade em que o presidente se dirige ao povo depois dos primeiros casos de coronavírus serem confirmados no Brasil.

“Senhor Tedros, diretor da OMS, disse saber que muitas pessoas de fato têm que trabalhar todos os dias para ganhar o pão e os governos têm que levar a população em conta. Se fecharmos as movimentações, o que acontecerá com essas pessoas que precisam trabalhar todos os dias? Então cada país, baseado na situação, deveria responder a essa questão”, disse Bolsonaro em um trecho de seu pronunciamento.

O presidente voltou a distorcer declaração dada pelo diretor-geral da OMS (Organização Mundial da Saúde), Tedros Adhanom Ghebreyesus, para embasar seu discurso de igualação dos empregos ao de vidas diante da pandemia do coronavírus.

Ainda durante seu pronunciamento, Bolsonaro afirma que determinou ao ministro da Saúde para que ele se esforce ao máximo para aumentar a capacidade da rede de saúde pública do país para o combate à pandemia.

Ele não deixou de mencionar a economia novamente, informando que solicitou ao ministro empenho para a proteção do emprego e renda dos brasileiros, bem como fechou acordo com as indústrias farmacêuticas para que os reajustes de remédios aconteçam dentro de 60 dias.