Com apoio de Jair Bolsonaro, Record humilha Globo e enche os cofres de dinheiro

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Durante os quatro anos que antecederam 2019, a Record viveu problemas financeiros. As entradas de dinheiro via comercialização de espaços publicitários sofreu um grande declínio, colocando as contas da emissora paulista no vermelho. A luz no fim do túnel esteve com a chegada de Jair Bolsonaro ao Planalto. De acordo com o balanço financeiro de 2019, finalmente as contas se acertaram, dando um alívio financeiro para o canal do bispo Edir Macedo.

O balanço financeiro publicado no Diário Oficial do Estado mostra que a Record auferiu em comercialização interna de espaços publicitários a quantia de R$ 1,951 bilhão. O valor é 10% superior em comparação ao verificado no ano anterior. A última vez que a emissora paulista obteve rendimento tão satisfatório foi em 2015, somando valores próximos a R$ 1,994 bilhão.

O crescimento verificado pela Record é atípico quando comparado com as outras emissoras do país. A Rede Globo, cujo faturamento chega a ser cinco vezes superior, mostrou em seu balanço financeiro que houve uma queda em 4% nas suas receitas vindas da publicidade. O SBT, outro grande concorrente, ainda não divulgou os seus números de 2019.

Rivalidade entre Globo e Bolsonaro beneficia concorrentes

Desde a ascensão de Jair Bolsonaro ao Planalto, instaurou-se uma verdadeira guerra entre a Rede Globo e o governo federal. Em contrapartida, o presidente passou a enxergar o SBT e a Record como os seus principais aliados, o que beneficiou as duas emissoras. Mesmo tendo índices de audiência inferiores ao da emissora carioca, o canal do bispo Edir Macedo foi o destinatário de 42% dos gastos com publicidade na TV feitos pelo governo federal.

As estimativas apontam entre 150 e 200 milhões de reais destinados pelo governo federal para a Record. A emissora paulista desmente esses números, mas reconhece o aumento em sua participação nas verbas do governo. Os diretores afirmam ainda que, levando-se em consideração os gastos nominais, o valor empata com 2018, principalmente pelo fato de Brasília ter reduzido os gastos com publicidade.