Ao ser eleito presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido) foi muito elogiado pela opinião pública ao escolher Sérgio Moro como ministro da Justiça e da Segurança Pública. Moro é admirado por muitos brasileiros por ter sido o juiz responsável pelos julgamentos da Operação Lava Jato.
À época magistrado da 11ª Vara de Curitiba, Moro condenou, entre outros, o ex-presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva. Por conta das condenações aplicadas nos últimos anos, houve até quem pedisse Moro como candidato à presidência da República em 2018.
Moro não concorreu, Bolsonaro venceu o petista Fernando Haddad no segundo turno e convidou o juiz para o cargo ministerial. Moro passou a ser conhecido como superministro do governo de Jair Bolsonaro. Tudo, porém, acabou nesta sexta-feira (24).
Depois de uma quinta agitada, em que diversos veículos de comunicação, entre eles Folha e CNN, confirmaram a saída de Moro, o ministro agendou uma entrevista coletiva para às 11h de hoje, horas depois da exoneração de Maurício Valeixo do cargo de diretor-geral da Polícia Federal.
A coletiva de Moro era muito aguardada e ele falou o que Bolsonaro, provavelmente, não queria ouvir: não é mais ministro. O agora ex-ministro revelou também qual foi o único pedido que fez a Bolsonaro para assumir o ministério.
“A única condição que coloquei, que revelo agora, foi que como eu estava abandonando minha carreira de 22 anos da magistratura e de contribuição, pedi que se algo me acontecesse, que minha família não ficasse desamparada sem pensão. Foi a única condição que coloquei para assumir a posição no Ministério”, afirmou. Logo depois, Moro confirmou sua saída. “Vou descansar um pouco”, disse ele em determinado momento ao falar sobre o que vai fazer daqui para a frente.