A pandemia do coronavírus deixou o calendário do futebol nacional incerto e sem uma previsão concreta para a sua retomada. Mesmo o país não tendo vivenciado o “pico” da doença, CBF, Comissão Nacional de Clubes, federações e até mesmo o Governo Federal discutem alternativas para que os clubes voltem às atividades o mais breve possível.
A postura de acelerar a volta dos certames não tem agradado muitos dirigentes, torcedores e até mesmo alguns políticos. Em entrevista à ESPN Brasil, Alexandre Kalil, ex-presidente do Atlético-MG e, hoje, prefeito de Belo Horizonte, desaprovou a iniciativa e teceu críticas ásperas aos defensor desta tese.
“O futebol envolve, pelo menos, 200 pessoas num jogo. E mais 11 caras que vão se estapear lá dentro. Vão cuspir no chão, vão cuspir um na cara do outro, vão dar tapa, cotovelada, vão abraçar na hora do gol… É um descolamento total da realidade. Esse povo é louco. Pensar em futebol, agora, é coisa de débil mental, vocês vão me desculpar”, disse o ex-mandatário do Galo.
Clubes voltando aos treinos
Após a CBF autorizar a retomada aos treinamentos a partir do 1º de maio, alguns clubes já se movimentam nos bastidores para conseguir a liberação junto às autoridades governamentais e órgãos de saúde para sacramentar o regresso.
Neste feriado, Internacional e Grêmio anunciaram que seus respectivos elencos se reapresentam na próxima segunda-feira (04). Como cada região do Brasil tem um cenário diferente no combate à pandemia, muitos clubes não classificam a notícia como positiva.
Os casos de coronavírus no país já ultrapassam a casa dos 80 mil infectados e mais de 6 mil mortes registradas. Maio é previsto como o período do “pico” da doença.