‘As pessoas vão ficar sem seus salariozinhos’, diz bolsonarista que agrediu profissionais de saúde

“O mundo nos trata como heróis, aqui apanhamos”, disse um dos manifestantes por melhores condições de trabalho.

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A pandemia causada pelo novo coronavírus parece estar longe de seu fim, com o número de casos em uma crescente exponencial, os profissionais da Saúde, linha de frente no trato aos infectados, também estão sendo vítimas da doença. Alguns enfermeiros aproveitaram a visibilidade para protestas por melhores condições de trabalho, mas acabaram agredidos por apoiadores de Bolsonaro.

O grupo dos profissionais da Saúde não era tão grande, usavam máscaras e estavam distantes uns dos outros, em respeito às medidas de isolamento social. Em seu protesto, carregavam cruzes em homenagem aos colegas que faleceram por conta do próprio coronavírus. No protesto, uma das bandeiras era ressaltar a necessidade de conscientização da quarentena, como forma de diminuir a disseminação do vírus.

Protesto termina após confusão generalizada

O protesto era silencioso, mas após os enfermeiros serem abordados por apoiadores de Bolsonaro, que começaram a disparar ofensas contra o grupo, os profissionais decidiram encerrar o protesto.

“Vocês querem passagem para Venezuela e para Cuba? (…) Quando a gente sente o cheiro da pessoa, não passa um perfume, a gente entendo o que você é”, disse uma senhora presente na manifestação. Uma outra afirmou que “os empresários estão lutando pelo país, se eles pararem de trabalhar as pessoas ficam sem seus salariozinhos”.

O grupo de apoiadores de Bolsonaro é contra as medidas de isolamento social, seguindo a fala do presidente. No dia 1 de maio, o chefe do Executivo disse que ‘gostaria que todos voltassem a trabalhar‘.