Família descobre que idosa com Covid-19 está viva após abrir caixão durante velório

A capital paraense registrou mais um retrato do colapso do sistema funerário que a capital atravessa em meio à pandemia.

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A cidade de Belém está passando por uma situação bem difícil durante a pandemia do novo coronavírus. Infelizmente, a capital paraense está vivendo um colapso em seu sistema funerário. Durante um velório que estava sendo realizado na última sexta-feira, 1º de maio, uma família teve uma grande surpresa ao abrir o caixão da avó que teria sido vítima fatal do novo coronavírus.

No entanto, os familiares perceberam que se tratava de outra pessoa dentro do caixão. Inclusive, chegou a ser emitida uma certidão de óbito para a suposta falecida, Maria da Conceição Oliveira, de 68 anos, mas a senhora estava viva e foi encontrada após insistência dos parentes. Ela estava em um leito do Hospital Abelardo Santos, na capital, e tratando os sintomas da Covid-19.

De acordo com a família, a idosa está melhor e na noite da última segunda-feira e tomografias já mostraram que o avanço da recuperação dos pulmões. O neto, Bruno Oliveira, contou que a avó até chegou a caminhar dentro do quarto. A Sespa (Secretaria de Saúde do Pará) admitiu o erro e afirmou ser falta da estrutura diante do grande aumento de pessoas doentes e mortas devido a Covid-19.

O número de pessoas que perderam a vida vítimas de Covid-19 no estado do Pará teve um aumento de 222% , isso em apenas uma semana. O crescimento é muito maior do que à média nacional no mesmo período, de acordo com dados do Ministério da Saúde. O estado também registou no mês de abril um aumento de 16% de remoção de mortos por causas naturais ou doenças, conforme dados da Sespa.

Na capital paraense, o sistema funerário e de saúde já entraram em colapso. Por causa disso, a prefeitura tem realizado enterro em um cemitério particular. A medida provocou grande preocupação com uma possível contaminação de poços artesianos.

Além de todas as dificuldades, a população precisa lidar com o drama na dificuldade da remoção de corpos. Algumas pessoas relataram que o corpo de um ente querido chegou a ficar 20 dias em casa aguardando remoção.