Uma professora e historiadora tem uma verdadeira lição de vida para contar para as pessoas. Luana Tolentino foi vítima de racismo nas ruas de Belo Horizonte, capital de Minas Gerais, enquanto ela estava andando pelas ruas.
Luana foi abordada por uma mulher de certa idade, branca, que lhe perguntou se ela trabalhava com faxina. Por conta disso ela resolveu desabafar o seu caso em seu perfil oficial nas redes sociais. “Hoje uma senhora me parou na rua e perguntou se eu faço faxina. Altiva e segura eu respondi que não, faço mestrado e sou professora”, fazia parte do depoimento dela.
A professora contou que a senhora deve ter ficado muito constrangida com o que disse, pois ela não falou mais nada desde então. Luana conta que não se sentiu ofendida com isso, pois ela já fez esse tipo de serviço no passado e foi com esse trabalho que ela conseguiu pagar o seu primeiro ano de estudo na faculdade.
Hoje Luana está fazendo mestrado, dizendo ainda que o que aconteceu não a deixou nem triste nem indignada, uma vez que as pessoas já são, em sua maioria, contaminadas pelo racismo, uma vez que a senhora só lhe perguntou se ela limpava casas por conta da sua cor de pele.
Segundo a professora, a sociedade tem a ideia de que negros só devem ocupar subempregos, com pouca remuneração e que exigem pouca instrução.
Para finalizar o seu depoimento, a mestranda conta que a aprovação de cotas da UNICAMP e da USP, duas importantíssimas instituições de ensino superior, mostra que o Brasil está no caminho certo ao combater o racismo institucional.