Quem acompanhou de perto as redes sociais em 2017 lembra o burburinho que o sumiço de Bruno de Melo Silva Borges, conhecido agora como ‘Menino do Acre’, causou. Todo mundo ficou intrigado com o desaparecimento, sem pistas, do jovem estudante de psicologia que deixou mensagens criptografadas por todo o quarto – chão, paredes e teto – e uma imagem em tamanho real do filósofo italiano Giordano Bruno (1548-1600).
Na época do sumiço, até em abdução muita gente falou, mas a verdade é que tudo foi arquitetado pelo jovem. Bruno ganhou destaque nacional e até um inquérito para investigar o desaparecimento foi aberto.
A verdade é que até hoje o mistério perdura. Bruno se recusa a falar onde esteve e o que fez durante os cinco meses que ficou sem contato com familiares e amigos. A única coisa que ele afirma é que se preparou por cinco anos para essa empreitada. “Levei alguns suprimentos para garantir minha sobrevivência. Levei alguns livros de filosofia e cabala. Ao longo dos dias eu lia, refletia e meditava o tempo todo a respeito da vida, do universo, da psiquê e dos seus mistérios. Meu objetivo era apenas um: autoconhecimento“, revelou.
Como vive Bruno após o sumiço
Embora não revele se ainda mora com os pais naquele quarto ou se mudou, Bruno abriu o local para visitações guiadas. O quarto está intacto e com todas as mensagens ainda escritas, se tornando uma espécie de museu.
Para Bruno, ele viveu uma missão. Ele relata que poderia ter ganhado muito dinheiro e que negou mais de 100 propostas que poderiam render mais destaque e fama.
“A verdade é que neguei a fama e o dinheiro. Ao retornar para a cidade, recebi mais de 100 propostas para comparecer em redes televisionadas e canais do Youtube. Também me ofereceram muito dinheiro para fazer propagandas. Eu não preciso de nada disso, minha maior riqueza é ter saúde e Deus no coração, só preciso disso e de mais nada”, finalizou.