Em Manaus, uma grávida foi diagnosticada com o novo coronavírus quando estava no oitavo mês de sua gestação. Eliane Ramos Rodrigues precisou ser levada para o hospital e foi realizado um parto prematuro, só que dias depois ela morreu e não chegou nem a conhecer o filho.
Eliane começou a sentir falta de ar e também reclamou de fortes dores por todo o corpo. Após ser submetida alguns exames foi confirmado que estava com a Covid-19. O bebê nasceu prematuro, mas felizmente se recuperou bem e já recebeu alta hospitalar.
A grávida ficou internada em um hospital da rede privada e seu quadro logo piorou. No dia 14 ela veio a óbito e a família ficou arrasada, pois ela sempre comentava sobre a alegria de estar esperando um filho. Ela já tinha um filho de 6 anos que agora irá morar com a tia, juntamente com o irmãozinho.
Maria José, tia de Eliane, fez um emocionante desabafo e contou: “Ela foi enterrada no cemitério público. Numa vala onde na qual não tem coveiro, porque o homem foi informado lá que os coveiros tão tudo doente. Quem joga terra no caixão é um trator, desumano para mim isso fiquei muito revoltada, essa cena não sai da minha cabeça“.
A prefeitura de Manaus divulgou uma nota informando que isso não é verdade e que são 14 coveiros no cemitério Nossa Senhora Aparecida. Enquanto isso a Covid-19 continua avançando pelo Amazonas e fazendo novas vítimas diariamente.
O crescente número de pacientes pela Covid-19 está colocando o sistema de saúde próximo a um colapso, sendo que já há falta de leitos em alguns casos.