O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) realiza uma live nas redes sociais todas as quintas-feiras. Nesta quinta (21), o chefe do Executivo falou sobre diversos assuntos, entre eles, as mortes causadas pela Covid-19. As falas de Bolsonaro repercutiram novamente.
No dia em que o Ministério da Saúde anunciou que o número de mortes passara de 20 mil, o presidente da República afirmou que morre mais gente de pavor do que da doença em si. A fala de Bolsonaro foi criticada nas redes sociais.
“Tem que se cuidar. Eu estou com 65 anos tenho que cuidar de mim mesmo, (de) minha mãe que está viva. E toca o barco. É a vida, é a realidade. Morre muito mais gente de pavor do que do ato em si. Então o pavor também mata, leva ao estresse, ao cansaço, a pessoa não dorme direito, fica sempre preocupada, (pensando) ‘se esse vírus pegar vou morrer'”, afirmou Bolsonaro.
O presidente também explicou que desistiu de visitar sua mãe, que tem mais de 90 anos, com medo de transmitir a Covid-19 para ela e ser acusado de ter infectado. Bolsonaro falou também sobre a recomendação do Ministério da Saúde para a cloroquina desde o início do tratamento.
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O presidente afirmou que não há comprovação científica, mas diz haver relatos médicos. Além disso, disse que é uma forma de levar esperança às pessoas. Não há comprovação de que o remédio realmente funcione nos casos de Covid-19. Médicos também se preocupam com os efeitos colaterais da cloroquina. A live de Bolsonaro teve mais de 45 minutos e contou com a participação do ministro de Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas.