Em um dos trechos da reunião ministerial do último dia 22 de abril, cuja liberação foi autorizada pelo ministro do STF (Supremo Tribunal Federal), Celso de Mello, o presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido), chama o governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel (PSL) de “estrume”, e o governador de São Paulo, João Dória (PSDB), de “bosta”.
O presidente usou um tom de muita ira em seu discurso, com uma sequência de palavrões. Ao leitor, cabe o aviso de que os trechos replicados a seguir não puderam ser descritos na íntegra. “Vai pra p. que o pariu, p., eu que escalei o time, p. . Nós temos que, na linha do Weintraub, de forma mais educada possível, é se preocupar com isso. O que esses caras querem é a nossa hemorróida”, disparou ele, antes de xingar os governadores.
Jair Bolsonaro falou logo após Weintraub. O atual ministro da Educação disse que, por ele, todos os “vagabundos” seriam postos na cadeia, a começar pelos ministros do STF. Disparou ainda críticas contra as medidas voltadas para a proteção de etnias, dizendo não suportar o termo “povos indígenas”, por reconhecer todos os cidadãos residentes no país como povo brasileiro.
O diálogo liberado por Celso de Mello faz parte das acusações do ex-ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, de que Jair Bolsonaro teria agido de maneira a tentar interferir nos trabalhos da Polícia Federal na mesma reunião ministerial.
O conteúdo não foi divulgado na íntegra, tendo algumas partes cortadas pelo decano do Supremo Tribunal Federal sob seus critérios técnicos.