O Jornal Nacional, transmitido pela Rede Globo, noticiou na edição desta sexta-feira (22) a divulgação das imagens da reunião ministerial do último dia 22 de abril. Essa reunião foi citada pelo ex-ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, como provas de que o presidente da República Jair Bolsonaro (sem partido) estaria tentando interferir nos trabalhos da Polícia Federal no Rio de Janeiro.
A escalada do Jornal Nacional teve ao menos quatro minutos de duração, sendo dois deles dedicados a trechos emblemáticos e polêmicos, contendo declarações feitas tanto pelo presidente quanto por ministros. Apesar da grande expectativa dos telespectadores, a pauta foi deixada para o fim do noticiário.
A decisão de postergar o conteúdo, conforme declarou o âncora William Bonner, foi tomada pela redação do Jornal Nacional por considerar a crise sanitária provocada pelo novo coronavírus mais importante do que os desdobramentos políticos em brasília com a divulgação do material, por decisão do ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Celso de Mello.
(2/2) ESCALADA HISTÓRICA
O Jornal Nacional começou com uma escalada histórica. #JornalNacional #JN pic.twitter.com/POpbqthU7T— Luiz Ricardo (@excentricko) May 22, 2020
“O vídeo liberado pelo ministro Celso de Mello tem pouco menos de duas horas. Foi uma coleção de palavrões, vocabulários chulos e desrespeitos com outras autoridades”, disparou Renata Vasconcellos ao antecipar a divulgação do material.
Na sequência, o Jornal Nacional fez duras críticas contra o vocabulário chulo usado por Jair Bolsonaro e parte de seus ministros, que por vezes usaram palavrões, além de tecerem graves ameaças contra autoridades nacionais. A redação do noticiário contabilizou ao menos 37 palavrões, possivelmente usados como afronta aos adversários políticos e em ataques contra a imprensa.