Decisão difícil: médicos precisam decidir quem vive e quem morre por causa do coronavírus

Profissionais na área de saúde no Brasil estão tendo que lutar contra a falta de equipamentos.

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Os médicos na Itália enfrentaram um dilema que agora está sendo vivido pelos profissionais na área de saúde aqui no Brasil, que é decidir qual paciente ajudar a sobreviver ao novo coronavírus, já que muitas vezes não é possível salvar todos.

O colapso de hospitais públicos por todo o Brasil está deixando os médicos aterrorizados, pois faltam vagas em UTI, e quem está na linha de frente precisa ‘fazer o papel de Deus’, decidindo quem tem mais chances de continuar vivo.

Como não há respirador para todos os pacientes, é preciso selecionar quem ficará com o aparelho que salva vidas e quem morrerá agonizando. Em Manaus, a situação é desesperadora e um médico contou ao portal Extra que viu um idoso morrer sentado em uma cadeira porque não tinha macas disponíveis para todos os pacientes e muito menos respiradores.

O médico pediu para não ter a identidade revelada e contou que um senhor com quadro gravíssimo de insuficiência respiratória precisava urgentemente de um respirador, mas o hospital não contava com mais nenhum.

A equipe se esforçou e quis reduzir a dor do paciente, mas até a morfina já estava em falta. Horas depois, o homem veio a óbito, sem ao menos receber um medicamento que aliviasse seu sofrimento.

Cansado de ter que escolher quem sobreviverá à pandemia do novo coronavírus, esse médico pediu demissão de um dos hospitais em que trabalhava, para não se estressar tanto.

“Não sou o único. Muitos estão deixando os plantões para ir a outros estados ou para trabalhar na rede privada. No dia em que o velhinho morreu sentado na cadeira, percebi que não aguentava mais”, desabafou o profissional da área de saúde.