Por causa do novo coronavírus, o Brasil também teve que adotar o isolamento social e isto acabou afetando os hábitos de todas as pessoas, independente da idade ou classe social. O sono de muita gente acabou sofrendo alterações e muitos são aqueles que passaram a sofrer com a insônia.
O neurologista Hernando Pérez deu uma entrevista à BBC News e explicou que o sono tem dois reguladores, sendo que um é o da luz e da escuridão, o outro é referente ao cansaço.
De acordo com Pérez, se a pessoa não está indo trabalhar nesta quarentena e levanta mais tarde, então perderá boa parte da luz solar pela manhã. Essa luz é importante para que o cérebro possa calcular quantas horas faltam para voltar a dormir.
Outra questão é que, ficando em casa por causa do novo coronavírus, a pessoa pode fazer bem menos atividades físicas e fica menos cansada, consequentemente terá menos sono.
Celia García-Malo é uma neurologista que trabalha em um Instituto do Sono na Espanha e ela contou que os problemas relacionados à insônia aumentaram muito desde a chegada da Covid-19 no país.
A instituição inclusive decidiu criar um serviço de consulta que funciona por telefone ou vídeo no intuito de ajudar as pessoas que não conseguem dormir.
“Eles estão sentindo a necessidade de dormir mais tarde e, com isso, atrasam o tempo de acordar, com o qual as horas de produtividade no trabalho, na família e no nível social estão sendo reduzidas“, contou a especialista à BBC News.
Infelizmente a Covid-19 continua matando, só no Brasil foram mais de mil óbitos relacionados à doença nas últimas 24 horas, por isso é tão importante se cuidar, já que não há previsão de quando essa pandemia chegará ao fim.
A dica para quem anda sem sono é adotar um conjunto de medidas, por exemplo, determinar um horário no decorrer do dia para a prática de atividade física mesmo que seja em casa; manter-se informado, mas evitar o excesso de notícias ruins; se alimentar de forma adequada e procurar deitar e levantar nas horas de costume, assim ficará mais fácil até mesmo para voltar à rotina no fim da pandemia.