Celular de Bolsonaro será apreendido? STF toma decisão sobre o caso

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Celso de Mello leu a decisão na noite desta segunda-feira (1º).

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Na noite desta segunda-feira (1º) o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Celso de Mello arquivou o pedido de apreensão dos aparelhos celulares do presidente da República e seu filho, o vereador do Rio de Janeiro Carlos Bolsonaro.

O pedido havia sido feito em conjunto por partidos políticos e parlamentares da oposição, sob acusações de que o clã Bolsonaro estaria tentando interferir na Superintendência da Polícia Federal (PF) do Rio de Janeiro, sobretudo após as acusações disparadas pelo ex-ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro.

Recusa ao pedido também já havia sido manifestada por parte do procurador-geral da República, Augusto Aras. Ele compreende que, por se tratar de uma investigação cuja competência é do Ministério Público Federal (MPF), não caberia a terceiros – os partidos e parlamentares – interferir no andamento do processo.

Ao ler a sua decisão, o decano do STF quebrou o protocolo e falou em “singular momento em que o Brasil enfrenta gravíssimos desafios” ao apresentar a posição da Corte. Celso de Mello disse ainda que a mesma casa “não transigirá nem renunciará ao desempenho isento e impessoal da jurisdição, fazendo sempre prevalecer os valores fundantes da ordem democrática e prestando incondicional reverência ao primado da Constituição”, bases para a consolidação da República.

O pacotão do pedido feito por PV, PDT e PSB incluiu ainda o ex-ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, a deputada federal Carla Zambelli, e o ex-diretor geral da PF, Maurício Valeixo.