O jornalismo ao vivo é passível de perrengues, mesmo fora do país. A repórter Patrícia Vasconcellos, do SBT, sentiu isso na pele. Ela está atuando como correspondente internacional da emissora paulista nos Estados Unidos, cobrindo a onda de protestos antirracistas que tomaram conta das principais cidades por lá.
Ao vivo, direto de Nova Iorque, Patrícia se apresentava para o SBT Brasil, trazendo aos telespectadores do principal noticiário da casa as últimas informações. Em um momento inesperado, um possível brasileiro surge pelas suas costas, dando gritos em forma de protesto pelas suas causas pessoais. Com muito profissionalismo e sem perder a classe, a repórter não se abalou, e seguiu normalmente o seu trabalho.
O operador de câmera também não se intimidou, e manteve o foco em Patrícia. A equipe do SBT estava no meio das ruas de Nova Iorque, com pessoas transitando por todos os lados. A grande maioria usava máscaras no rosto, como forma de proteção contra o coronavírus, cujo epicentro mundial no momento são os Estados Unidos.
Quando o link de Patrícia Vasconcellos chegou ao fim, e as imagens retornaram para os estúdios do SBT Brasil, os âncoras Raquel Sheherazade e Marcelo Torres optaram por não comentar o protesto ao vivo ocorrido diante das câmeras em Nova Iorque.
Por determinação de Silvio Santos, proprietário da concessão televisiva, os jornalistas da casa não podem expressar suas opiniões pessoais durante os telejornais, devendo apenas apresentar a notícia aos telespectadores, de maneira imparcial.