Anderson é um homem mineiro e homossexual. Sem ter um parceiro fixo, ele tinha um sonho, ter filhos biológicos. Os anos iam se passando e ele via a família aumentar. Seus irmãos foram casando e tendo filhos, enquanto ele tinha o desejo de também ter os seus herdeiros diretos. A ideia de adotar uma criança até passou pela sua cabeça, mas a vontade de perpetuar os seus laços de sangue seria maior.
A história dele foi contada nesta quarta-feira, 3 de junho, em uma longa matéria publicada pelo UOL. Como então Anderson seria pai biológico de uma criança, sem nunca ter ido à cama com uma mulher? O jeito encontrado pelo mineiro foi abrir o jogo para a família. Homossexual assumido e querido pelos familiares, ele falou dessa vontade.
Uma irmã topou fazer a fertilização in vitro. O procedimento, que hoje é considerado simples, consiste em colocar um espermatozoide de Anderson no óvulo de uma mãe doadora na barriga de uma pessoa que tenha parentesco direto com o futuro pai das crianças. O parentesco, segundo a lei brasileira, deve ser de, no máximo, quarto grau. Do contrário, a técnica pode ser considerada ilegal.
Os procedimentos feitos pela primeira irmã não deram certo. Foi então a vez de uma segunda irmã tentar ajudar Anderson. Cada procedimento de fertilização é caro, podendo custar de R$ 10 mil a R$ 20 mil. Novamente, não deu certo.
Foi então que uma sobrinha decidiu ajudar o tio e a boa notícia veio. Ela estava grávida, de gêmeos. Hoje Fernanda e Eduardo estão com três anos de idade e Anderson feliz da vida.