Em atitude muito comum, o presidente Jair Bolsonaro conversou com apoiadores em frente ao Palácio da Alvorada, em Brasília, na manhã desta quarta-feira (3). O presidente da República não usava máscara e colocou em xeque o número de mortes por Covid-19 – doença causada pelo novo coronavírus – no Brasil.
Um apoiador de Bolsonaro afirmou que perdeu a mãe por outros problemas de saúde e que estes teriam sido ignorados no atestado de óbito. “Isso é o que está acontecendo geral, qualquer negócio é Covid-19”, comentou o presidente, colocando em dúvida o número de mortes causados pelo coronavírus.
Na terça-feira, dia anterior à fala do presidente, o Brasil ultrapassou a marca de 31 mil mortes por Covid-19. No total, o país já registrou 31.199 óbitos e ocupa o quarto lugar no ranking de mortes pela doença, atrás apenas dos Estados Unidos (106.696), Reino Unido (39.811) e Itália (33.601).
Em números de casos, o Brasil, com 555.383, perde apenas para os Estados Unidos, que registrou 1.841.629 infectados. No Brasil, Jair Bolsonaro tem acumulado falas controversas e polêmicas sobre o coronavírus.
Na conversa com os apoiadores, o presidente também pediu que as pessoas cobrem governadores e prefeitos. Bolsonaro é um defensor ferrenho da abertura do comércio e da volta à rotina normal, mesmo em meio ao aumento do número de mortes. O Brasil chegou a registrar mais de mil óbitos em alguns dos últimos dias.
Ainda nesta quarta, o presidente criticou o Partido dos Trabalhadores (PT), que entrou com ação para derrubar o uso da hidroxicloroquina no tratamento aos infectados com coronavírus. “A questão é política”, disse Bolsonaro, que defende o uso da cloroquina. Bolsonaro também afirmou que pobres estão ficando miseráveis e a classe média está ficando pobre.