Morte do menino Miguel pode ser estopim de revolução história no Brasil

O menino Miguel pode ser o estopim de uma revolução pacífica e silenciosa em meio à mudanças sobre racismo.

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Os Estados Unidos estão sofrendo com manifestações contra o racismo há mais de dez dias. Elas começaram após a morte de George Floyd, covardemente assassinado por um policial branco. Os protestos de lá podem vir para cá, mas de outro modo. É o que analisa uma coluna do portal de notícias R7 deste sábado, 6 de junho, falando sobre a morte do menino Miguel. 

O Brasil continua carregando um fardo pesado em relação ao racismo e a forma como o menino Miguel morreu está sensibilizando a internet.  O garoto, de apenas cinco anos de idade, acabou morrendo, após cair do nono andar de um prédio na grande Recife, no estado de Pernambuco. No momento da queda, ele estava sendo olhado pala patroa de sua mãe, que não deu atenção à criança. 

O caso Miguel já levou protestos às ruas, mas o da internet é o mais visível dele em tempos de pandemia. O racismo é algo histórico. Em 2015, a Record TV chegou a fazer um experimento, no qual abandona uma criança branca e outra negra.

O objetivo é ver a reação das pessoas na rua. A criança branca acaba sempre tendo uma resposta mais rápida de outras pessoas, enquanto a negra é ignorada. 

“Todos nós – mesmo o que se julgam pessoas de bem, cristãs, desprovidas de preconceitos – podemos reservar alguns segundos de sinceridade interior e admitir que, sim, sabemos o que está acontecendo com os negros deste país. Se servir de consolo (spoiler: não serve), recordem que não é exclusividade brasileira o racismo estrutural”, diz o jornalista Marco Antonio Araujo ao falar sobre como o racismo está enraizado no país.