Uma mulher grávida de oito meses de seu segundo filho morreu na sexta-feira (5), após ter sido recusada por oito hospitais em um período de 12 horas, de acordo com sua família. A polícia local abriu uma investigação para apurar os fatos. A vítima foi identificada como Neelam Kumari, de 30 anos.
O irmão da mulher, Shailendra Kumar, disse que levou a irmã o marido dela, Vijendar Singh, e outro membro da família a pelo menos seis hospitais em seu próprio veículo, mas não conseguiram atendimento para ela. Pouco tempo depois, eles chamaram uma ambulância e ela foi levada em outros dois hospitais sem sucesso.
A maioria dos hospitais alegaram que não tinha camas de sobra para internar a grávida, segundo o irmão da vítima. A mulher era moradora da cidade de Khora, em Ghaziabad, na Índia.
Os hospitais listados pela família incluíam o Hospital Sharda, uma instalação dedicada à Covid-19. Porém, a direção do hospital alegou que a vítima foi internada brevemente, estabilizada usando um ventilador e encaminhada para o Hospital Fortis.
Segundo o hospital, a vítima se recusou ser internada na unidade médica e recusou aconselhamento médico para transferir ela para outro hospital em uma ambulância do Suporte Avançado de Vida Cardíaca. “A paciente foi retirada do nosso hospital em um automóvel. Temos empatia com a família na hora do luto”, disse o hospital.
O Instituto Governamental de Ciências Médicas (GIMS), onde a mulher foi declarada morta, descreveu o incidente como infeliz e disse que a instalação estava sobrecarregada de pacientes.
O escritório do magistrado do distrito Suhas LY divulgou um comunicado: “Na sexta-feira, uma mulher grávida foi internada em vários hospitais por causa da qual ela morreu. O DM ordenou uma investigação do incidente, que será chefiada pelo CMO (Chief Medical Officer). Os oficiais foram ordenados a concluir o inquérito o mais cedo possível e tomar as medidas apropriadas”.
O irmão da mulher relatou que ela disse que estava com “falta de ar e sua pressão arterial aumentou, o que não era incomum durante a gravidez”.
A família alegou que Neelam foi levada às pressas para vários hospitais, mas disseram-lhes que “eles não tinha capacidade de interná-la no momento”.
“A essa altura, minha irmã precisava de um cilindro de oxigênio. Não há como trazer de volta dos mortos, nosso único apelo é pela justiça. Minha irmã morreu esperando”, lamentou o irmão da vítima.