O ex-síndico e atual porteiro do prédio de luxo Pier Maurício de Nassau, onde o acidente envolvendo o menino Miguel aconteceu, prestou seu primeiro depoimento para a polícia do Recife, na última quarta-feira (10/06).
Carlos Lopes foi uma das pessoas convocadas pelo delegado para responder algumas perguntas sobre o caso a respeito da morte de Miguel Otávio Santana da Silva, que tinha apenas cinco anos de idade e foi morto depois de cair do 9º andar do edifício.
De acordo com o porteiro, que estava de serviço no dia em que a tragédia aconteceu, o prédio não apresentava problemas em relação à proteção. Segundo Carlos, tudo estava posicionado conforme as regras de segurança.
“A casa de máquinas, o acesso, as esquadrilhas, tudo [estava] de acordo com as normas. Não existe obrigatoriedade de tela de proteção. A legislação existe para 1,10m e 1,20m. Lá está com 1,25m. A alvenaria seria com 1,10m e está com 1,15m. Está acima do que a legislação obriga“, disse o porteiro.
A morte de Miguel
No último dia 02, Miguel foi deixado pela mãe sob os cuidados de Sarí Corte Real, sua empregadora, enquanto esta levava o cachorro da família para passear. Nesse período, o garoto entrou em um elevador em busca da mãe.
Pouco tempo depois, Sarí aparece e tenta impedir, por alguns momentos, que Miguel suba pelo elevador. Após a tentativa frustrada, a primeira-dama de Tamandaré permite que a criança saia sozinha e ainda aperta os botões. Alguns instantes depois, Miguel cai do 9º andar do edifício, de uma altura de aproximadamente 35 metros.