Se você usa esse sabão em pó, tome muito cuidado; lote será suspenso por decisão da Justiça

Empresa tem anunciado em embalagem que sabão é capaz de acabar com qualquer vírus, o que não é verdade.

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Uma das marcas de sabão em pó mais conhecidas do país, a Ypê, está envolvida em uma grande polêmica. Uma das linhas de sabão em pó estava sendo vendida prometendo ser eficaz contra qualquer tipo de vírus. Isso justamente em um momento que o mundo vive uma pandemia de coronavírus. No entanto, nesta quarta-feira, 10 de junho, o Ministério da Justiça mandou que a marca suspendesse a venda do produto. 

De acordo com informações do site do jornal Folha de São Paulo, o departamento de defesa ao consumidor investiga ainda uma eventual propaganda enganosa. Os rótulos das embalagens de sabão em pó, além das propagandas de televisão, estão sendo questionadas, já que prometem uma suposta imunização. Até o momento, não existe uma imunização para a Covid-19. 

A única orientação relacionada à sabão é que lavar as mãos diminui as chances de espalhar a Covid-19, ou qualquer outro vírus. No entanto, ninguém lava a mão com sabão em pó. Uma marca concorrente foi quem entrou na justiça contra a Ypê. A Unilever, que representa o sabão em Pó Omo, foi quem entrou com a representação. 

Agora, caso a Ypê não retire do mercado em até cinco dias o sabão em pó com o rótulo detalhado neste artigo, ela pode pagar uma multa de R$ 100 mil para cada produto que está à venda. 

Outra polêmica com a embalagem é que o vírus desenhado na embalagem lembra a forma como a imprensa e veículos científicos tem mostrado ilustrações do coronavírus.  O caso chegou ao Conselho de Regulamentação Publicitária, o Conar, que ainda analisa a propaganda feita do produto.

Posicionamento da empresa

A assessoria de imprensa da empresa entrou em contato com a redação do 1News Brasil e enviou a seguinte nota:

“A Química Amparo informa que fará a troca de algumas embalagens específicas do Lava Roupas Tixan em pó à venda nos supermercados, referentes a poucos lotes produzidos nos últimos dias. 


A empresa esclarece que realiza a troca dessas embalagens em respeito a decisões da Justiça e da Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon) e não tem qualquer relação com a qualidade e finalidade do produto, sendo apenas motivada pelo ajuste na mensagem que consta nas mesmas. 


O mérito da ação ainda será julgado, mas em respeito a seus clientes, a empresa resolveu atender de imediato a decisão liminar, que conta com o prazo legal de cinco dias. 


A Química Amparo vai recorrer da decisão e tem prestado todos os esclarecimentos necessários e solicitados no processo. Reitera que toda e qualquer comunicação nas embalagens do Tixan tem reconhecimento científico desde seu lançamento, pela Anvisa – órgão regulador dessa categoria do produto.”