“R$ 300 ou R$ 600?”, esta é a pergunta que milhões de brasileiros que recebem o auxílio emergencial estão fazendo em relação às duas parcelas extras que serão pagas nos meses de julho e agosto. O auxílio emergencial foi lançado em abril e a previsão inicial eram de três parcelas mensais.
A última delas será paga em junho, mas o ministro da Economia, Paulo Guedes, confirmou que haverá o pagamento de mais duas. O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) também falou sobre o assunto e a dúvida agora é saber qual o valor da parcela.
Essa discussão coloca em lados opostos o presidente da República e o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ). Maia é um defensor de manter o valor das parcelas do auxílio em R$ 600. Bolsonaro, preocupado com o equilíbrio financeiro do governo, defende valor menor.
“Se é um impacto grande, vamos tentar construir soluções dentro também do orçamento fiscal normal para ver se a gente tem espaço onde a gente consiga construir uma solução junto com o governo para que a gente possa fazer a manutenção do valor de R$ 600 por pelo menos mais 60 dias”, afirmou Maia no começo deste mês.
Na semana passada, Bolsonaro afirmou durante live no Facebook que vetaria a prorrogação do auxílio caso a Câmara dos Deputados votasse pelo valor de R$ 400, R$ 500 ou R$ 600, deixando claro que quer as duas parcelas sejam de R$ 300. Bolsonaro falou também em dívida impagável, caso as parcelas sejam de R$ 600.
Caso a parcela tenha um valor diferente do atual, o governo terá que enviar a proposta para a Câmara dos Deputados. No início da pandemia, a equipe econômica do governo queria que o auxílio fosse de R$ 200. A Câmara elevou para R$ 500, mas as partes se entenderam e chegaram a R$ 600.